Uma pesquisa feita com minimercados gaúchos, pela Fecomércio-RS, aponta quem 65,2% dos estabelecimentos tiveram um desempenho de vendas Bom nos últimos seis meses, enquanto 7,5% responderam que foi Muito Bom, 3,1% como Excelente, 20,5%, regular, e apenas 3,6%, como Ruim. Além disso, ao serem questionados se as vendas atenderam suas expectatias, 73,5% disseram que sim, 9,1%, que superaram as expectativas, e 17,4%, que não atingiram as expectativas.
A pesquisa entrevistou 385 estabelecimentos do segmento, todos optantes do Simples Nacional, entre os dias 21 de março e 14 de abril.
Quando aos empecilhos que dificultam o crescimento das vendas, 26% afirmaram ser a carga tributária, 26% o baixa crescimento da economia, 20%, o alto custo para manter e comprar estoques, 11% a forte concorrência, 10% a legislação, e 5%, a baixa demanda por seus produtos.
Quanto às expectativas para as vendas nos próximos seis meses, 46% esperam que melhore um pouco, 38%, que se mantenham estáveis, 9%, que melhore muito, 4,9%, que piore um pouco, e 1,8%, que piore muito.
– Um empresário otimista é um bom sinal. Tomara que a realidade venha a confirmar as boas expectativas, apesar do cenário ainda bastante com que vivemos – completou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Vai investir?
A pesquisa questionou se pretendem investir em espaço físico, processos e sistemas nos próximos seis meses, e 49,9% disseram que sim, mas 50,1%, responderam não pretender.
Saúde financeira
Quanto à saúde financeira, 97,9% informaram que estão com os pagamentos dos fornecedores em dia, e 2,1%, em atraso. Sobre inadimplência com pagamentos que deveriam ser feitos a instituições financeiras, 92,3% dizem que estão honrando seus compromissos em dia, e 6,4% estão inadimplentes com bancos. Quanto a crédito, 80% dizem que não estão com endividamento, 9,9%, com endividamento baixo, 9,1% com endividamento controlado, e 1% muito alto.
Não usa software
Um dado negativo, que chama a atenção, é que 33,5% dos minimercados consultados não usa software para gerir as finanças da empresa, enquanto 66,5% utiliza. Dos que não usam software, a alternativa mais utilizada é caderno (38%), seguido por excel (31%), manualmente (15%), não faz (4%) e não sabe/não respondeu (10%).
Para 17,9%, as finanças da empresa e dos donos acaba se misturando, enquanto 72% têm separação total das contas.
Entre os pesquisados, 50,6% tinham 5 anos de funcionamento ou mais, 43,9% ocupavam até 5 pessoas e 93,0% possuía apenas um estabelecimento.
62% alugam imóvel
A pesquisa mostrou que 62,3% dos entrevistados destacaram que alugam o espaço em que realizam as operações, enquanto 37% têm imóvel próprio. É possível também verificar qual a predominância de produtos nesses locais. Entre os produtos oferecidos, destaque para frios e laticínios (79,5% dos estabelecimentos), hortifrutigranjeiros (76,9%), açougue (63,4% e padaria (60,8%).
Quanto aos produtos ofertados, 68,3% dos entrevistados afirmam realizar uma busca constante por atualização e renovação de produtos. A principal forma citada para esta renovação, (67,3%) é a partir da requisição de clientes. A segunda forma mais citada foi a análise de mercado (50,9%) e em terceiro a percepção de donos e funcionários (38,4%).